A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, negou nesta segunda-feira, 2, que tenha tratado com o ex-ministro Antônio Palocci – ela própria ou seus assessores – sobre a doação de recursos de origem ilícita para a campanha dela a deputada federal nas eleições de 2010.
A afirmação é uma resposta ao acordo de delação premiada que Palocci teria fechado com a Polícia Federal. Segundo a revista Crusoé, que diz ter tido acesso ao conteúdo da delação, o ex-ministro dos governos petistas – condenado na Operação Lava Jato por corrupção – afirmou aos investigadores que Fátima Bezerra foi uma das beneficiárias de propina paga pela empreiteira Camargo Corrêa ao PT em 2010. Palocci teria dito, segundo a revista, que, além de ser beneficiada, Fátima sabia do esquema ilícito.
O pagamento indevido, segundo Palocci, teria sido disfarçado de doação oficial para campanhas do PT daquele ano. Outra beneficiada teria sido Gleisi Hoffman, hoje deputada federal e, à época, candidata ao Senado pelo Paraná. Na delação, o ex-ministro teria dito que era o responsável dentro do PT pela distribuição de recursos de origem ilícita.
Em nota, a assessoria de Fátima Bezerra esclareceu que a então deputada federal não recebeu doação da Camargo Corrêa em 2010, conforme está registrado na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral. A assessoria da governadora disponibilizou um link na internet no qual consta a prestação de contas da campanha de Fátima a deputada em 2010, “o que comprova que não há qualquer menção à referida empresa”.
Fátima acrescentou que as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que, além de não ter tratado de doação com Palocci, também não conversou sobre o assunto com representantes da empreiteira Camargo Corrêa. Por fim, a assessoria da governadora diz esperar que “as informações sejam devidamente apuradas e esclarecidas”.
Gleisi Hoffman ainda não comentou o assunto.
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