O incômodo do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, responsável, segundo ele, por formular o programa Pró-Brasil, chegou ao presidente Jair Bolsonaro. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.
Segundo a publicação, Guedes procurou Bolsonaro e fez críticas sobre a natureza intervencionista do programa.
Na conversa, segundo relato de Paulo Guedes a assessores, Bolsonaro o tranquilizou de que o programa não deverá atuar com dinheiro público, e lembrou que o próprio ministro teria como controlar isso, sendo ele quem controla o uso de recursos do Tesouro.
Ainda de acordo com a coluna, Guedes apurou que Marinho procurou um a um os ministros envolvidos na formulação do plano — Tarcísio Freitas, Bento Albuquerque, Walter Braga Netto, entre outros — e os convenceu a criar o Pró-Brasil, programa que reservadamente o ministro da Economia chama de “Dilma 3”.
Guedes teria ficado irritado com o impacto que o Pró-Brasil teria na economia pela redução de juros — menos R$ 35 bilhões de economia, nas contas dele.
O ministro da Economia estaria decidido a não conversar mais com Marinho privadamente, conforme ele mesmo disse ao colega na sexta-feira (24), na frente dos demais ministros, no Planalto, antes de todos acompanharem Bolsonaro para o pronunciamento sobre a saída de Moro.
Paulo Guedes estaria convencido ainda de que Rogério Marinho quer ser governador do Rio Grande do Norte, e por isso capitaneou a campanha por gastos do Estado, que teriam, na visão do ministro da Economia, o objetivo de catapultar a popularidade de Jair Bolsonaro com fins eleitorais e, consequentemente, seus aliados.
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