O anúncio da pandemia de covid-19 em março de 2020 trouxe diversas transformações sociais. Com as restrições de locomoção e de contato social, setores indispensáveis tiveram que passar por adaptações. Uma das mais significativas ocorreu na educação, que passou a adotar o modelo de ensino a distância (EAD) em praticamente todas as modalidades de educação - desde treinamentos básicos a mestrados e doutorados.
Apesar de apresentarem, em média, desempenho pior do que os cursos presenciais, os cursos a distância trazem opções de ensino viáveis para alunos que necessitam trabalhar e estudar ao mesmo tempo e para pessoas que necessitam compartimentar ou flexibilizar os horários de estudo.
“A EAD se encaixa perfeitamente como solução para a realidade atual devido a sua flexibilidade, aos diversos meios de transmissão de conteúdo (vídeos, textos, aplicativos, jogos), aos canais de comunicação existentes, além de beneficiar os diferentes tipos de aprendizagens”, ressaltou a Fábia Kátia Moreira, consultora de EAD e tecnologia internacional que atua na área há mais de 25 anos.
Para a consultora, “diante da pandemia da covid-19, mesmo as instituições mais tradicionais e resistentes à EAD estão lançando mão dessa modalidade, senão para oferecer novas possibilidades de aprendizagem aos estudantes, ao menos para garantir o cumprimento dos duzentos dias letivos exigidos em lei”.
De acordo com o diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) George Bento Catunda, não é possível comparar o ensino remoto que ocorreu na pandemia, quando todos os cursos regulares presenciais tiveram que se adaptar, com um curso que foi estruturado para ser remoto desde a concepção. “O ensino remoto na pandemia foi uma ação emergencial, feita por professores super comprometidos, mas sem a estrutura, os recursos e o planejamento da modalidade EAD. Ou seja, o ensino remoto utilizado na pandemia não é a mesma coisa que Educação a Distância”, diz.
Agencia Brasil