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quinta-feira, 21 de julho de 2022

ELEIÇÕES 2022 - Ciro oficializa candidatura e iguala Lula e Bolsonaro em ataques

Estacionado em terceiro lugar das pesquisas e com possibilidades restritas de aliança na disputa eleitoral, Ciro Gomes teve a candidatura à Presidência confirmada nesta quarta-feira (20) na convenção nacional do PDT, realizada na sede do partido, em Brasília.

De acordo com esta matéria publicada oficialmente pela Folha, o nome de Ciro foi avalizado pelos 250 presentes no local e pelos 30 que acompanharam a convenção remotamente, de acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi. Não houve votos contrários.

Em discurso de quase uma hora que teve recepção morna dos presentes, Ciro repetiu o roteiro que tem seguido em sua campanha e atacou os dois líderes das pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL).

Em suas falas, Ciro afirmou que o “lulismo pariu Bolsonaro” e que o país chegou à atual situação porque esquerda e direita são “cúmplices do mesmo modelo” e incapazes de propor uma saída.

“O Brasil vive a pior crise de sua história e dois dos principais responsáveis por ela estimulam uma polarização vulgar, personalista e odienta, um alimentando o outro. Um agredindo moralmente o outro, reduzindo tudo a uma trágica e ridícula disputa pessoal”, criticou.
“Essa polarização odienta, despolitizada e apaixonada não produz diagnósticos para os nossos problemas. Não constrói soluções, apenas xingamentos morais e ideológicos. Os dois disputam entre si quem é o mais corrupto, quem é o mais autoritário, quem é o mais fascista ou quem é o mais comunista”, disse. “Parece que nós estamos nas antecedências da Segunda Guerra Mundial.”

Em vários pontos de sua fala o pedetista buscou associar Lula e o PT a Bolsonaro. “Eu estou tentando lamentavelmente mostrar que votar no Bolsonaro para protestar contra o descalabro do PT e agora votar no PT para protestar contra o descalabro do Bolsonaro vai liquidar nossa nação”, afirmou.

Ele também reagiu à ofensiva do PT contra palanques pedetistas, em tentativa de evitar um segundo turno eleitoral, e se disse chocado com “a absoluta falta de comportamento democrático do Lula em invadir e tentar destruir as organizações partidárias.”

“O que o Lula está fazendo com a senadora Simone Tebet é puro fascismo. Puro fascismo”, disse.

“Aliciar uma banda de ladrões do MDB, corruptos, velhos sócios dele, Lula, na roubalheira, como Eunício Oliveira, Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Braga, Edson Lobão, para tirar o direito de a senadora ser candidata é puro fascismo, enquanto se ilude a população que quer combater o fascismo.”

O presidenciável do PDT se referia à iniciativa de uma ala do MDB de declarar apoio a Lula e pressionar pela desistência de Tebet na corrida eleitoral.

A pressão pelo voto útil também aparece dentro do PDT. Na convenção, Miguelina Vecchio, presidente nacional da Ação da Mulher Trabalhista e vice-presidente nacional do PDT, criticou quem resiste à candidatura própria dentro da legenda. “Quem não gosta do Ciro, a porta da rua é serventia da casa”, disse.

portaldacapital.com

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