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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

REGIONAL - II Ursap realiza reunião para discutir a doença Monkeypox

A II Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap), realizou segunda-feira (8) de agosto uma reunião para discutir o vírus Monkeypox direcionada aos técnicos de saúde da unidade.

Presentes ao evento a gerente da II Ursap, Emiliana Bezerra Cavalcanti, a técnica Lucélia Jamilla Pereira e a enfermeira do Laboratório Regional de Mossoró (LAREM), Maria das Graças Góis Morais. 

A II Unidade Regional de Saúde Pública prepara estratégias para o enfrentamento da doença, com foco em vigilância em saúde e prevenção. Após a reunião a gerente da II Ursap, Emiliana Bezerra Cavalcanti manteve um encontro com técnicos do Núcleo Regional de Vigilância em Saúde (NUREVS).

A Monkeypox é uma zoonose viral que ocorre principalmente na África Central e Ocidental, muitas vezes nas proximidades de florestas tropicais, e tem aparecido cada vez mais em áreas urbanas. Trata-se de uma doença de extrema importância para a saúde pública global, sendo endêmica nos países da África Ocidental e Central e apresentando casos confirmados em países não endêmicos. No mês de maio de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada de casos confirmados de Monkeypox no Reino Unido, sendo disseminados para outros países da Europa e, posteriormente, para outros continentes. No Brasil, o primeiro caso confirmado foi em 09 de junho de 2022, no estado de São Paulo.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS
A transmissão de casos da doença nos humanos pode ocorrer através do contato com um animal ou pessoa infectada, ou ainda com material corporal humano contendo o vírus. De forma geral, a transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias, mediante contato pessoal prolongado. Também pode ocorrer através do contato com fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão. Um recente estudo publicado pelo New England Journal of Medicine mostrou que 95% dos casos estudados de Monkeypox foram transmitidos através de relações sexuais.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico consiste da anamnese e exame físico para diferenciar Monkeypox de outras doenças, a exemplo de: varicela, sarampo, arboviroses, infecções bacterianas da pele, sífilis primária ou secundária, cancroide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco contagioso, reação alérgica ou herpes zoster e simples, bem como de exames laboratoriais. Ressalta-se que não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da Monkeypox e os sintomas geralmente desaparecem naturalmente.

MEDIDAS DE VIGILÂNCIA DE SAÚDE DO TRABALHADOR
Investigar a relação causal entre a doença e a exposição ocupacional dos trabalhadores em caso suspeito e/ou confirmado de contaminação por Monkeypox no ambiente laboral e realizar a notificação do acidente de trabalho, por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ou documentos similares, a fim de que sejam garantidos os direitos previdenciários e trabalhistas;
Notificar casos suspeitos de Monkeypox através de formulário no RedCap com o CID B04. Atentar para o preenchimento qualificado do campo ocupação nº 15, atividade econômica, relação com o trabalho, empresa ou contratante;
Investigar a relação dos casos suspeitos e confirmados com o trabalho;
Investigar se houve contato de casos suspeitos ou confirmados com outras pessoas em ambientes e processos de trabalho;
Avaliar a necessidade de inspeção sanitária em Saúde do Trabalhador nos ambientes e processos de trabalho em situações de casos relacionados ao trabalho;
Orientar empregadores e trabalhadores sobre medidas de prevenção e mitigação da Monkeypox em ambientes e processos de trabalho.

Sesap confirma 4º caso de Monkeypox
O Rio Grande do Norte teve dois casos confirmados em Natal, um em Parnamirim, na região metropolitana da capital, e agora um quarto em Mossoró. A capital potiguar ainda conta com dois pacientes cadastrados como casos prováveis.

Abdias Duque de Abrantes
Assessor de Comunicação Social da II rsap

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