Depois de receber uma espécie de ultimato da Liga Forte Futebol (LFF), cobrando um posicionamento do clube em relação a queda de braços com a Liga Futebol Brasileiro (Libra), a diretoria do ABC decidiu integrar o segundo grupo, que reúne o Flamengo, Atlético-MG, Bahia, Corinthians, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória. A análise realizada por um grupo de conselheiros que estudou os projetos, apontou a proposta da Libra como a melhor para os potiguares.
Na prática, o que a diretoria abecedista fez foi assinar o memorando de entendimento, considerado como o primeiro passo para que seja firmado o contrato com a investidora dos Emirados Árabes, Mubadala Capital. A decisão foi tomada mesmo com a oferta inicial do grupo atual sendo menor que a ofertada pela Liga Forte Futebol, que através dos investidores Serengeti Asset Management e a Life Capital, prometiam despejar até R$ 33 milhões nos cofres alvinegros.
Segundo o jornalista Rodrigo Capelo, especialista em negócios do esporte, “com a troca, a diretoria do ABC receberá um sinal de R$ 3 milhões do Mubadala e garantirá verba para um ano inteiro”. A decisão foi apontada por Capelo como uma jogada interessante, uma vez que a diretoria aproveitou o fato de ainda estar na Série B, para assinar um contrato com valores mais vantajosos.
“O movimento do ABC se deu após a equipe potiguar confirmar os diversos avanços no modelo de negócios do grupo, que está desde 2022 à frente deste projeto, além de toda a estrutura desenvolvida para estimular o crescimento dos clubes nacionais”, destacou o comunicado expedido pela Libra.
Antes do clube potiguar, o Atlético Mineiro já havia realizado o mesmo movimento, trocando a Liga Forte Futebol pela sua rival na batalha que visa controlar o futebol nacional a partir de 2025, quando a CBF pretende repassar o controle das competições brasileiras para os clubes.
O acordo do grupo dos Emirados Árabes com a Libra prevê a venda de 12,5% dos direitos comerciais e de mídia das equipes participantes por 50 anos. Na Libra o percentual de venda girava na casa dos 20% pelo mesmo espaço de tempo. A Libra oferece espaço ainda para os clubes optarem pela não comercialização nestes termos, o que implicará na obrigatoriedade de devolução do valor aportado como sinal.
Tribuna do Norte
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