Segundo o Dr. Filipe Monteiro, pós-doc do Observatório Nacional, cometas do tipo Halley possuem períodos orbitais entre 20 e 200 anos, distinguindo-se dos cometas de longo período.
Desde o dia 7 de abril, observadores na região Nordeste do Brasil têm registrado a passagem do cometa, visível primeiramente nos estados mais ao Norte. O astrônomo ressalta que sua visibilidade pode variar e o uso de binóculos ou telescópios pode ser necessário.
Monteiro diz ainda que a observação do cometa será mais interessante algumas noites antes e após a lua cheia, prevista para o dia 23 de abril. “Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol, para ver o cometa. O cometa está visível logo após o pôr do sol, primeiramente abaixo da constelação de Touro, e a partir de maio, abaixo da constelação de Órion, sempre entre 17h40 e 18h30. A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, numa altura de cerca de 15 graus”, pontua o astrônomo.
A máxima aproximação com a Terra ocorrerá em 2 de junho, com possível necessidade de binóculos para observá-lo.
Por que Cometa do Diabo?
A denominação “Cometa do Diabo” surgiu após uma observação em 20 de julho de 2023, quando o cometa apresentou um aumento considerável de brilho, possivelmente devido a uma explosão, distorcendo sua coma em forma de ferradura.
Composto principalmente por gases congelados, rocha e poeira, o cometa se torna ativo à medida que se aproxima do Sol, formando uma nuvem ao seu redor. Sua forma peculiar, lembrando a nave Millennium Falcon de Star Wars, tem despertado o interesse dos astrônomos, que investigam suas causas.
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