O Rio Grande do Norte consolidou-se como o maior produtor de ostras nativas do Brasil, com um crescimento exponencial de 19.000% na produção entre 2020 e 2023, segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). A ostreicultura potiguar, que saltou de 0,80 toneladas para 152 toneladas no período, vem se tornando uma alternativa econômica sustentável para comunidades do litoral sul do estado, gerando renda e promovendo práticas ambientalmente responsáveis.
Os produtores locais destacam os benefícios da parceria. “As ações do projeto nos ajudaram a ter uma nova visão sobre a produção de ostras e reforçaram a importância da preservação ambiental”, disse Edson Dionísio, conhecido como “Zé da Ostra de Canguaretama”, que alia a criação de ostras ao turismo local.
Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios, como a falta de infraestrutura industrial, logística e acesso a novos mercados. Para Mona Paula, gerente da Unidade de Desenvolvimento Agrário do Sebrae, a expectativa é que a ostreicultura potiguar se fortaleça ainda mais com a implementação de novas tecnologias e o acompanhamento contínuo.
Atualmente, os produtores estão organizados em três associações: APROOSTRAS (Tibau do Sul), AOCA (Canguaretama) e Ostras Guaraíras (Senador Georgino Avelino). O setor segue como uma importante fonte de renda para as comunidades locais, promovendo desenvolvimento econômico e ambientalmente sustentável.
Anna Ruth Dantas
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